Plásticos: da praticidade à preocupação ambiental
Autor: *Sandra Maria Lopes de Souza
Comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente em junho nos faz repensar nosso tratamento ao planeta. Este ano, o tema é “Acabe com a poluição plástica”. O evento será na República da Coreia, com convocação global. Esses encontros mobilizam comunidades mundiais para defender soluções que minimizem o impacto ambiental, conforme compromisso da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente em 2022.
O que são os plásticos e por que se tornaram os vilões da poluição ambiental? Plástico é o nome popular dos materiais polimétricos de origem natural ou derivados do petróleo. Sua grande produção iniciou no século ado, trazendo várias facilidades para a vida moderna. No entanto, geraram preocupação quanto à sua degradação ambiental.
A cada ano, toneladas de resíduos plásticos alcançam oceanos, rios, praias, manguezais, cidades e solos, agravando a saúde ambiental global. Esta poluição agrava a biodiversidade, os ecossistemas e até o bem-estar humano. Anualmente, 8 milhões de toneladas de plásticos chegam aos oceanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o mundo produz 430 milhões de plásticos anualmente, e apenas 9% deste total é reciclado. De acordo com a ONU, o percentual de plástico reciclado deve triplicar até 2060.
O Brasil representa o 8º país do mundo em geração de plásticos. É 1,3 milhão de toneladas lançadas no meio ambiente por ano, de acordo com a ONG Oceana. Mas, quais são as principais fontes de produção de plásticos, os locais mais afetados e quais alternativas eficazes para mitigar o impacto global?
As principais fontes geradoras de resíduos plásticos são: indústrias de embalagens como sacos, garrafas, copos e potes descartáveis; as têxteis, com as microfibras sintéticas do processo de produção e a lavagem das roupas, que libera microplásticos que am pelos sistemas de tratamento de água; além das indústrias de construção, eletrônicos, cabos e materiais de isolamento, tintas diversas, os produtos de higiene pessoal, esfoliantes em geral, pasta de dente, sabonetes líquidos, batons, produtos de limpeza doméstica e detergentes.
Os microplásticos realmente são um problema significativo, devido ao tamanho reduzido e dificuldade de degradação. Eles podem ser ingeridos especialmente por organismos marinhos, e quando entram na cadeia alimentar, tornam-se potencialmente nocivos à saúde humana.
Algumas práticas sustentáveis para mitigar os agravos ambientais incluem escolher produtos e vestuário de fibras naturais, reduzir o uso de plásticos descartáveis, optar pelo uso de sacolas retornáveis, implementar políticas públicas que limitem o uso de plásticos e incentivar a produção de materiais biodegradáveis. A educação e sensibilização ambiental é fundamental, com campanhas que abordem economia circular e a reciclagem.
O enfrentamento da poluição plástica requer esforço e ações em conjunto da sociedade e governantes, indústrias e indivíduos. O mês ou o dia do meio ambiente é uma oportunidade de repensar a urgência em sensibilizar, mudar hábitos, implementar políticas públicas e trabalhar por um futuro mais saudável em todo o planeta.
*Sandra Maria Lopes de Souza é Mestre em Gestão Ambiental e coordenadora dos cursos de Pós-Graduação do Centro Universitário Internacional Uninter.
Autor: *Sandra Maria Lopes de SouzaCréditos do Fotógrafo: Pixabay